domingo, 14 de novembro de 2010

As teses de novembro: Eleições DCE-UFMG

Saudações a todos os estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais. Nos dias 17 e 18 de novembro de 2010 acontecerão as eleições para a escolha da gestão do Diretório Central dos Estudantes da UFMG.

A chapa 3, “A Hora é Essa – Todo Poder aos DA´s e CA´s!” apresentou de maneira corajosa e decisiva uma única proposta: descentralizar o poder da entidade aos DA’s e CA’s e os Grêmios, em um conselho aberto pros estudantes.

As chapas de números pares nos criticam por tal atitude, dando a impressão que queremos tirar o direito de voto dos estudantes e que não temos a capacidade de analisar a conjuntura da educação da UFMG. Sendo assim, nessa campanha está em decisão alguns pontos fundamentais, a saber:

• A democracia do DCE;

• O projeto de expansão de vagas;

• Assistência Estudantil;

• Mecanismo de acesso à universidade.

Ponto 1

O que está por trás das eleições diretas para DCE é que o dinheiro é o fator marcante e decisivo para a vitória nas urnas. Governos, reitorias, parlamentares, dentre outros grupos de grande capacidade financeira investem nas campanhas de suas chapas, trazendo à universidade militantes políticos profissionais, treinados unicamente para ganhar votos.

Nos DA´s, CA´s e Grêmios, por mais que se invista nas eleições dessas entidades, é muito difícil obter êxito no pleito por causa da dinâmica simples de organização das mesmas, ou seja, os diretores são conhecidos de todos os estudantes na maioria das vezes. No DCE, mal conhecemos quem são os dirigentes.

O dinheiro “doado” na campanha para o DCE retorna em forma de corrupção e apoio político aos investidores, motivo pelo qual as pautas dos estudantes são deixadas de lado.

Ponto 2

Existe um consenso entre as chapas de números pares sobre o REUNI, mesmo que não aparente. Quem é a favor, o faz pela ligação direta ao Governo Federal, os contrários não apresentam outra proposta embasada em um projeto amplo e discutido com a comunidade universitária. Enfim, vemos um discurso vazio.

Somente com um DCE democrático e descentralizado esse debate será levado a cabo, com o objetivo de expandir as vagas com a maior qualidade possível e corrigindo os erros do REUNI.

Ponto 3

No dia 01 de outubro de 2010 foi aprovado no Conselho de DA´s e CA´s por unanimidade a posição contrária ao aumento do preço do bandejão e votou-se pela abertura do novo setorial. As eleições se sobrepuseram a pauta, fazendo com que a luta se esvaziasse.

Em relação à proposta de Pró – Reitoria de Assistência Estudantil, há mais de vinte anos essa demanda não foi conquistada por falta de um Seminário de Assistência Estudantil amplo e com o objetivo de construir um projeto a ser encaminhado ao Conselho Universitário. Com um DCE organizado da maneira atual, estaremos fazendo um discurso demagógico.

Ponto 4

Em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio aplicado ao vestibular da UFMG, todas as chapas são favoráveis ao mesmo, de maneira explícita ou implícita porque, ou o ENEM é defendido como uma maneira de democratização do acesso ao ensino superior ou não é apresentada outra proposta mais avançada do mesmo, partindo do princípio que o vestibular antigo contribuía para a segregação social do acesso à universidade.

O Que Fazer?

Devemos mudar a maneira de organização do DCE o mais rápido possível para que discussões como as supracitadas sejam feitas de maneira madura e ampla com a comunidade universitária.

Após a transformação, o DCE deve se preocupar, primeiramente, em mobilizar os estudantes e trabalhar para aumentar a comunicação acerca de tudo o que acontece na universidade em relação à educação, assistência estudantil, transporte interno, etc.

Por último, o movimento estudantil da universidade deve ser capaz de elaborar uma agenda própria de lutas, em contraposição a mediocridade atual na qual vemos o ME mobilizado em torno das decisões do Governo Federal e da reitoria, além de outros problemas mais específicos, como problemas graves em alguns cursos, como a implantação das aulas geminadas na história e o sucateamento do ensino e assistência estudantil em Montes Claros.

Acreditamos na capacidade de discernimento dos estudantes em relação às duas propostas colocadas: democracia liberal através do dinheiro ou da democracia direta.

COMPAREÇAM ÀS URNAS NOS DIAS 17 E 18 DE NOVEMBRO!

VAMOS EM FRENTE! VOTEM NA CHAPA 3!

PELA REAL INDEPENDÊNCIA DE GOVERNOS E REITORIAS!

A HORA É ESSA! TODO O PODER AOS DA´S E CA´S!

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora

Não espera acontecer...

Seminário de Solidariedade Internacional - Programação


SEMINÁRIO DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

BELO HORIZONTE – SEXTA-FEIRA – 26 DE NOVEMBRO DE 2010

PROGRAMAÇÃO:

09 HORAS – APRESENTAÇÃO:

09 HORAS E 30 MINUTOS - MESA 1 – Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!

Jadallah Safa - Comitê Democrático Palestino - Brasil.

Professora Dr. Dirlene Marques - Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.

Jornalista Mirian Gontijo - Associação Cultural José Marti de Minas Gerais.

Coordenação: Representante da Casa da América Latina.


13 HORAS E 30 MINUTOS – MESA 2 – O papel da juventude na luta antiimperialista.

Organizações convidadas:

Juventude da Via Campesina – Brasil.

Juventude Comunista Avançando – Brasil.

Marcha Mundial das Mulheres.

Coordenação: Representante da União da Juventude Comunista.


16 HORAS E TRINTA MINUTOS – PAINEL sobre o XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes – África do Sul.

REALIZAÇÃO:
União da Juventude Comunista – Brasil.

APOIO:
Diretório Acadêmico do ICEX – UFMG.
Diretório Acadêmico da FAE – UEMG.
Associação Cultural José Marti – MG.
Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.
Casa da América Latina.
Instituto Caio Prado Junior.
Fundação Dinarco Reis.

INSCRIÇÕES:
E-mail: semsolidariedadeinternacional@gmail.com. Envie somente o nome completo, instituição onde trabalha/estuda, organização política em que milita, se por o caso, e o número do telefone.

Maiores Informações: 31-32016478 / 31-84157977