segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tribunal Antiimperialista

A Juventude do mundo, reunida na África do Sul, se pronunciou contra o imperialismo e o responsabilizou pelos males que assolam o mundo.

Os participantes do Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, o qual se realizou na África do Sul, declararam culpado o imperialismo por seus múltiplos crimes contra a humanidade.

Na sentença do Tribunal Anti-imperialista, efetuado no encontro onde participaram 15 mil pessoas de 140 nacionalidades, foram levadas em conta as múltiplas evidências contra o imperialismo, apresentadas pelos delegados de vários países, conforme relatou a agência Prensa Latina.

Guerras, mortes, bloqueios, sanções, pandemias, agressões militares e biológicas, torturas, intervenções, explorações dos trabalhadores e golpes de Estado, entre as atrocidades do império, assinalaram os juízes.

Também foi condenado o imperialismo pelos danos causados ao meio ambiente, o saque de recursos naturais e a aliança com as oligarquias nacionais para destruir os processos de mudanças sociais.

O presidente do juri, o magistrado sul-africano Andele Magxitama, argumentou que o sistema imperial se apodera do mundo e determina as mais elementares preferências dos seres humanos, com objetivo de satisfazer o interesse de poucos em detrimento dos demais.

As provas apresentadas no tribunal, em sua maioria, apontavam contra o governo dos Estados Unidos e seus aliados.

A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gómez, assegurou que ainda que a sentença não tenha efeito jurídico, apresenta um evidente caráter moral e de consciência.

A dirigente, que integrou o painel de magistrados, manifestou que, em nome da vida, há que sentenciar esse regime.

No Tribunal Anti-imperialista também houve um contundente pronunciamento contra o bloqueio estadunidense a Cuba e a favor da libertação dos cinco antiterroristas cubanos presos nos cárceres estadunidenses desde 12 de setembro de 1998.

Também foram rechaçados a ocupação israelense dos territórios palestinos, as agressões de Marrocos contra o povo saharaui e o golpe de Estado que derrubou o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, em junho de 2009.

O festival concluiu com várias jornadas de intercâmbios e pronunciamentos a favor dos povos em luta.

Fonte: www.resumenlatinoamericano.org.

Traduzido por Dario da Silva.